Meio Bit » Arquivo » Games » Turok

Turok

16 anos atrás

Depois de aparecer em um jogo muito bom para o antigo Nintendo 64, o personagem Turok está de volta nos consoles de última geração. Após vários jogos irrelevantes, saiba como ficou a aventura do índio neste game que está sendo distribuído no Brasil pela Synergex, tanto para Xbox 360, quanto para Playstation 3.

O caçador de dinossauros

Nascido em uma história em quadrinhos na década de 50, Turok é um personagem, que chama a atenção pela originalidade. Descendente de nativos americanos, o sujeito se vê preso em um ambiente infestado por dinossauros.

Após adquirir os direitos da série, a Disney colocou a produção de um novo game nas mãos da novata Propaganda Games e distribuiu o jogo sob o selo da Touchstone Studios. Foi decidido também que o jogo não seria uma sequência e sim um novo começo para a história.

Então você controlará Joseph Turok, ex-membro de uma equipe altamente treinada conhecida como Wolf Pack. Ambientado no futuro, sua missão é ir até um planeta distante capturar um general chamado Roland Kane, comandante de uma força paramilitar e homem que lhe ensinou tudo o que sabe.

Ao chegar ao planeta, a nave onde você está é abatida pela tropa de Kane e a missão começa a se complicar. Logo você e seus companheiros descobrirão que o local é usado para realizar pesquisas genéticas e está dominado por dinossauros. Você deverá então cumprir a missão a qualquer custo e lutar para sobreviver, o que não será fácil.

Para apimentar ainda mais o enredo, Turok não é bem quisto pelos companheiro. Primeiro por ser de origem indígena e segundo por ter deixado alguns companheiros da antiga equipe morrer de forma covarde.

Novidades não tão novas assim

Ao jogar Turok, a impressão que temos é que os desenvolvedores tentaram fazer um feijão-com-arroz. Embora o jogo tente se diferenciar dos demais FPSs, a maioria das variações imposta à jogabilidade já foram vistas em outros jogos. Ao ser derrubado por um dinossauro por exemplo, você deverá apertar uma série de botões que aparecem na tela, algo como o que ocorre em God of war. Você poderá levar uma arma em cada mão, que podem ser disparadas independentemente uma da outra, apenas apertando um dos gatilhos, como já feito em Halo 3.

Contudo, os desenvolvedores implementaram um bom sistema de stealth no jogo. Não chega a ser tão evoluído como em Splinter Cell ou Metal Gear Solid, mas dá conta do recado. Se quiser passar despercebido pelos inimigos, basta usar sua faca ou o arco e flecha e pronto. matar os inimigos com a faca rendem boas cenas não interativas e que acrescentam um pouco de dramaticidade ao jogo.

Gráficos competentes, sons lindos

Falar dos gráficos do jogo é algo complicado. Embora o game não possua texturas maravilhosas, as florestas estão muito convincentes. É impressionantes ver as folhas das árvores, as cachoeiras, a formas como a vegetação muda sua forma conforme andamos sobre ela ou quando um helicóptero se aproxima, enfim, se os gráficos não chegam a assustar de tão belos, no pelo menos garantem uma ótima imersão ao jogador. A vegetação funciona tão bem que poderemos nos esconder de nossos inimigos no meio dela e o contrário também acontece.

Os dinossauros estão muito bem recriados, com uma boa textura em suas peles, contudo sua movimentação as vezes parecem meio forçadas, principalmente nos répteis menores. Já os soldados inimigos são um tanto genéricos, não possuindo muito variação visual entre si. Vale lembrar que o jogo utiliza a famosa Unreal Engine 3 e a mesma mostra mais uma vez ótimos efeitos de fogo, fumaça e água.

Toda vez que o game salva seu progresso é notado uma pequena travada que não chega a 2 segundos. Mesmo não atrapalhando a jogabilidade, isso incomoda um pouco.

Agora, em relação aos efeitos sonoros, não há do que reclamar. Desde os sons dos ambientes, até as dublagens e passando pelos grunhidos dos dinossauros, tudo está muito bom. Não serão raras as vezes que nos guiaremos apenas pelos sons feitos pelos inimigos.

Inteligência artificial?

Antes de lançar o game, os produtores disseram que Turok teria uma ótima inteligência artificial. No início parece que o resultado foi alcançado, contudo, após algumas horas de jogo, começamos a ver que não é bem assim.

Os dinossauros são seres sem consciência, por isso atacarão tanto sua equipe, quanto os soldados inimigos. Vale notar que muitos deles são seres inofensivos e só te atacarão, caso sejam incomodados. Mesmo assim, é estranho ver o comportamento deste seres que muitas vezes ficam correndo sem direção, ou que mesmo durante uma batalha passam ao seu lado sem fazer nada.

Online

A parte multiplayer de Turok acaba aumentando a vida útil do jogo. Embora só tenha 7 mapas disponíveis a princípio, neles o tiroteio rola de forma desenfreada. Online você terá as já tradicionais disputas de "capture the flag" e "deathmatch" mas talvez o grande detaque seja mesmo o modo co-op que permite até 4 jogadores simultaneamente.

Turok é um jogo que merece ser jogado por aqueles que gostam de FPSs. Mesmo não tendo nada fora do comum, o jogo é competente e possui uma ambientação muito boa e bastante diferente dos demais títulos do gênero, misturando dinossauros com tecnologia de ponta.

Mesmo não sendo superior ao original, o jogo dá uma guinada na série que via definhando com o tempo. Turok mostra que a franquia ainda pode render bons jogos.

- Engine Unreal proporciona ótima ambientação;
- Efeitos sonoros melhores do que o da maioria dos jogos do gênero;
- O T-Rex é realmente assustador.

- O jogo não possui um grande diferencial;
- Inteligência artificial deixa a desejar em certos momentos;
- Turok é um canastrão;
- Porque será que ainda não fizeram um filme usando o personagem?

 

relacionados


Comentários